sexta-feira, 17 de agosto de 2012 | By: Diorgenes

Movimentos de Contestação

A Republica Velha (1889 - 1930) foi um período de grande instabilidade politica. A difícil situação econômica dos pobres e a insatisfação com o domínio das oligarquias geraram vários movimentos populares como a Revolta de Canudos, Guerra do Contestado, Revolta da Vacina, Revolta da Chibata e o tenentismo.


v Tenentismo


Na década de 20, muitos rapazes patriotas do exercito estavam irritados com o Brasil dominado pelas oligarquias estaduais, resolveram que eles, por conta própria, que deveriam mudar o país.
Estes jovens promoveram rebeliões em diversos quartéis. Em razão dos rebeldes mais entusiasmados serem oficiais, em geral tenentes, esse movimento recebeu o nome de tenentismo.

ü  Antecedentes

Ø  O coronelismo

Ø  A politica do café com leite

Ø  Atraso econômico

Ø  As oligarquias

Ø  Corrupção
"Conheça um pouco mais sobre Coronelismo e Politica do café com leite clicando aqui."

Principais características e acontecimentos

Ø  A primeira revolta tenentista (militares da forte Copacabana, no Rio de Janeiro, deram tiros de canhões contra alguns quartéis).



ü  Consequências

Ø  Fim da República Velha

Ø  Getúlio Vargas passa a ser o novo presidente.

Ø  A divisão dos tenentes.
v Revolta da Chibata


A Revolta da Chibata foi um importante movimento social ocorrido, no início do século XX, na cidade do Rio de Janeiro. Começou no dia 22 de novembro de 1910. 
Neste período, os marinheiros brasileiros eram punidos com castigos físicos. As faltas graves eram punidas com 25 chibatadas (chicotadas). Esta situação gerou uma intensa revolta entre os marinheiros.

ü  Antecedentes

Ø  Os castigos físicos, abolidos na Marinha do Brasil um dia após a Proclamação da República (1889), foram restabelecidos no ano seguinte (1890).

Ø  O uso de castigos físicos era semelhante aos maus-tratos da escravidão, abolida no país desde 1888.

Ø  Ainda na Grã-Bretanha, o marinheiro João Cândido Felisberto formou clandestinamente um Comitê Geral para organizar a revolta.

ü  Causas da revolta

Ø  O estopim da revolta ocorreu quando o marinheiro Marcelino Rodrigues foi castigado com 250 chibatadas, por ter ferido um colega da Marinha, dentro do encouraçado Minas Gerais. O navio de guerra estava indo para o Rio de Janeiro e a punição, que ocorreu na presença dos outros marinheiros, desencadeou a revolta.

Ø  O motim se agravou e os revoltosos chegaram a matar o comandante do navio e mais três oficiais.

Ø  Já na Baia da Guanabara, os revoltosos conseguiram o apoio dos marinheiros do encouraçado São Paulo.

Ø  O clima ficou tenso e perigoso.


ü  Reivindicações

O líder da revolta, João Cândido (conhecido como o Almirante Negro), redigiu a carta reivindicando o fim dos castigos físicos, melhorias na alimentação e anistia para todos que participaram da revolta. Caso não fossem cumpridas as reivindicações, os revoltosos ameaçavam bombardear a cidade do Rio de Janeiro (então capital do Brasil).

ü  Segunda revolta

Ø  Diante da grave situação, o presidente Hermes da Fonseca resolveu aceitar o ultimato dos revoltosos. Porém, após os marinheiros terem entregues as armas e embarcações, o presidente solicitou a expulsão de alguns revoltosos.

Ø  A insatisfação retornou e, no começo de dezembro, os marinheiros fizeram outra revolta na Ilha das Cobras.

Ø  Esta segunda revolta foi fortemente reprimida pelo governo, sendo que vários marinheiros foram presos em celas subterrâneas da Fortaleza da Ilha das Cobras.

Ø  Outros revoltosos presos foram enviados para a Amazônia, onde as condições de vida eram desumanas, alguns prisioneiros faleceram e outros obrigados a prestar trabalhos forçados na produção de borracha.

Ø  O líder da revolta João Cândido foi expulso da Marinha e internado como louco no Hospital de Alienados.

Ø  No ano de 1912, foi absolvido das acusações junto com outros marinheiros que participaram da revolta.

ü  Conclusão

Podemos considerar a Revolta da Chibata como mais uma manifestação de insatisfação ocorrida no início da República. Embora pretendessem implantar um sistema político-econômico moderno no país, os republicanos trataram os problemas sociais como “casos de polícia”. Não havia negociação ou busca de soluções com entendimento. O governo quase sempre usou a força das armas para colocar fim às revoltas, greves e outras manifestações populares.

Revoltas Messiânicas

Foram movimentos de protestos de populações muito pobres, chefiadas por religiosos, contra a politica dos coronéis. No Brasil foram dois os movimentos deste tipo que ocorreram no inicio da república: a Revolta de Canudos e a Guerra do Contestado.

v Revolta de Canudos



ü  Antecedentes

Ø  O processo de modernização no final do século XIX atingiu, de forma diferenciada, varias regiões do Brasil. No nordeste e sul as relações sociais foram abaladas.

Ø  A decadência nordestina se acentuou com a crise econômica de 1870, e a seca com o passar dos anos só piorava a situação.

Ø  Até então, os pequenos lavradores, trabalhadores livres e vaqueiros encontravam trabalho e proteção dos grandes latifundiários.

Ø  Com a crise se viram abandonados, sem trabalhos e lugar para ficar.


ü  Cronologia do conflito

Ø  Em Canudos, um arraial no interior da Bahia, o líder religioso Antônio Conselheiro juntou milhares de seguidores, alarmando os fazendeiros, o clero e autoridades.

Ø  Em torno desse núcleo inicial, foi se formando e crescendo um povoado, chamado de Belo Monte.

Ø  Nesse local, passaram a viver num sistema comunitário: a propriedade era coletiva e as colheitas, a criação de gado e os trabalhos de artesanato, eram repartidos entre todos.

Ø  Por combater as novas leis da republica, Conselheiro fez com que o governo e os fazendeiros da região se sentissem ameaçados, por que o povoado crescia cada vez mais. Por isso foram mobilizadas forças para combater o arraial. Essa guerra durou de 1892 a 1896.

Ø  No entanto em 1897, o arraial foi cercado e bombardeado, Antônio Conselheiro e seus homens foram mortos, mulheres, idosos e crianças não foram poupados.

ü  Conclusão

Ø  Esta revolta, ocorrida nos primeiros tempos da República, mostra o descaso dos governantes com relação aos grandes problemas sociais do Brasil. Assim como as greves, as revoltas que reivindicavam melhores condições de vida (mais empregos, justiça social, liberdade, educação, etc.), foram tratadas como "casos de polícia" pelo governo republicano. A “violência oficial” foi usada, muitas vezes em exagero, na tentativa de calar aqueles que lutavam por direitos sociais e melhores condições de vida.


Dados do conflito
Data
7 de novembro de 1896 - 5 de outubro de1897
Local
Interior do sertão baiano
Resultado
Vitória das tropas federais e destruição total da cidade de Canudos
Combatentes
Conselheiristas
Tropas estaduais e federais
Comandantes
Capitão Virgílio Pereira de Almeida
Tenente Manoel da Silva Pires Ferreira
Major 
Febronio de Brito

Coronel Antônio Moreira César
General 
Artur Oscar
Forças
25.000 (estimado)
12.000
Baixas
20.000 (estimado)
5.000 (estimado)

v Guerra do Contestado



ü  Antecedentes

Ø  No sul, mais especificamente em uma região reivindicada por Santa catariana e pelo Paraná, a população sofreu com a modernização.

Ø  Nela viviam sertanejos esfomeados que, quando podiam, trabalhavam de forma subumana para fazendeiros e empresas estrangeiras.

Ø  Por conta da construção da estrada ferro Brasilian Railway e a implantação de serrarias Southern Lumber, ambas norte-americanas.

Ø   Os pequenos posseiros foram expulsos de suas terras.

Ø  Desta forma rompiam-se as relações de troca de favores entre os trabalhadores da terra e os latifundiários, que aproveitavam para aumentar ainda mais suas propriedades.


ü  Cronologia do conflito


Ø  Essa situação de crise social deu origem a um movimento messiânico com trágicas consequências que teve inicio em 1912 e vai até 1916.

Ø  Sob a liderança do monge João Maria, esses homens começaram a se organizar para lutar por uma vida melhor.

Ø  Após sua morte o movimento continuou com o monge José Maria.

Ø  Sob seu comando, em torno de 20 mil pessoas fundaram povoados e organizaram um governo próprio com leis diferentes das leis do governo republicano, a que denominaram Monarquia Celeste.

Ø  Assim como o movimento de canudos, a rebelião do Contestado preocupou as autoridades e os fazendeiros mais próximos.

Ø  Os rebeldes foram considerados fanáticos monarquistas e que conspiravam contra a república. E resistiram por quase quatro anos.

Ø  O exército brasileiro utilizou-se, na fase final de guerra, de aviões para bombardear as posições dos revoltosos.

Ø  Os sobreviventes fugiram para Santa Maria, onde fundaram uma cidade santa que continuou resistindo ás tropas do governo.

Ø  Foram derrotados, afinal, em 1916.

ü  Consequências imediatas

Ø  20 de outubro de 1916: Assinatura do Acordo de Limites Paraná-Santa Catarina, no Rio de Janeiro;

Ø  7 de novembro de 1916: Manifestações nos municípios do Contestado-Paranaense contra o acordo;

Ø  De maio a agosto de 1917: Sublevação popular no Contestado-Paranaense, pró Estado das Missões;

Ø  Maio e junho de 1917: Ascensão e assassinato do monge Jesus Nazareno;

Ø  3 de Agosto de 1917: Homologação final do Acordo de Limites;

Ø  Setembro de 1917: Instalação dos municípios de Mafra, Joaçaba (então Cruzeiro), Chapecó e de Porto União;

Ø  1918: Reinício da colonização no Centro-Oeste Catarinense, por empresas particulares;

Ø  Janeiro e maio de 1920: Revolta política em Erval e Cruzeiro;

Ø  Março de 1921: Revolta de caboclos contra medição de terras, entre Catanduva e Capinzal.

Dados do conflito
Data
12 de outubro de 1912 - Agosto de 1916
Local
Região do contestado, sul do Brasil
Resultado
Acordo de limites entre os governos de Paraná e Santa Catarina
Combatentes
Rebeldes
Brasil
Comandantes
Forças
10.000 soldados do Exército Encantado de São Sebastião
7.000 soldados do Exército Brasileiro e 1.000 civis contratados
Baixas
5.000-8.000 entre mortos, feridos e desaparecidos
800-1.000 entre mortos, feridos ou desertores

v Revolta da Vacina


ü  Antecedentes

Ø  No inicio do século XX, o Rio de Janeiro já era uma cidade bonita, mas tinha ainda muitas ruas estreitas, muita sujeira e, consequentemente, muitas doenças.

Ø  Em 1904, a varíola tomou características de epidemia nessa cidade, e mais de 4 mil pessoas foram vitimas da doença.

ü  O conflito

Ø  O Diretor de Saúde Pública, o médico e sanitarista Oswaldo Cruz, iniciou então uma campanha de vacinação obrigatória contra a varíola.

Ø  Ninguém poderia se casar, viajar ou iniciar um novo emprego se não tivesse sido vacinado.

Ø  O povo não gostou. Teve medo da vacina, considerou a exigência arbitrária e acusou o governo de estar exercendo uma “ditadura sanitária”.

Ø  Outro fator que ajudou a desencadear o movimento foi à desinformação sobre os efeitos da vacina (o então senador Rui Barbosa se pronunciou contra a vacina).

Ø  Os revoltosos interromperam as principais ruas com barricadas, cortaram os fios dos telefones e enfrentaram os policiais com pedaços de madeira e pedras.

Ø  As lutas duraram quatro dias, o governo reprimiu o movimento, mas acabou resolvendo declarar a vacina facultativa.


(Bibliografia: Domingues, J. E. e Fiusa, L. P.L. História do Brasil em Foco. São Paulo: FTD, s. d.
http://pt.wikipedia.org) 



3 comentários:

COLÉGIO ESTADUAL RODOLFO DE OLIVEIRA disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
COLÉGIO ESTADUAL RODOLFO DE OLIVEIRA disse...

Exelente exposição ...Use fontes melhores para fazer o resumo!

Anônimo disse...

Qual a revolta da vacina república velha. Ditadura do estado novo. República do café com leite ditadura militar monarquia parlamentar

Postar um comentário