Movimentos de Contestação
A Republica
Velha (1889 - 1930) foi um período de grande instabilidade politica. A difícil
situação econômica dos pobres e a insatisfação com o domínio das oligarquias
geraram vários movimentos populares como a Revolta de Canudos, Guerra do
Contestado, Revolta da Vacina, Revolta da Chibata e o tenentismo.
v Tenentismo
Na década de 20,
muitos rapazes patriotas do exercito estavam irritados com o Brasil dominado
pelas oligarquias estaduais, resolveram que eles, por conta própria, que
deveriam mudar o país.
Estes jovens
promoveram rebeliões em diversos quartéis. Em razão dos rebeldes mais entusiasmados
serem oficiais, em geral tenentes, esse movimento recebeu o nome de tenentismo.
ü Antecedentes
Ø
O
coronelismo
Ø
A
politica do café com leite
Ø
Atraso
econômico
Ø
As
oligarquias
Ø
Corrupção
"Conheça um pouco mais sobre Coronelismo e Politica do café com leite clicando aqui."Principais características e acontecimentos
Ø
A
primeira revolta tenentista (militares da forte Copacabana, no Rio de Janeiro,
deram tiros de canhões contra alguns quartéis).
ü Consequências
Ø
Fim
da República Velha
Ø
Getúlio
Vargas passa a ser o novo presidente.
v Revolta da Chibata
A Revolta da
Chibata foi um importante movimento social ocorrido, no início do século XX, na
cidade do Rio de Janeiro. Começou no dia 22 de novembro de 1910.
Neste período,
os marinheiros brasileiros eram punidos com castigos físicos. As faltas graves
eram punidas com 25 chibatadas (chicotadas). Esta situação gerou uma intensa
revolta entre os marinheiros.
ü
Antecedentes
Ø
Os
castigos físicos, abolidos na Marinha do Brasil um dia após a Proclamação da
República (1889), foram restabelecidos no ano seguinte (1890).
Ø
O
uso de castigos físicos era semelhante aos maus-tratos da escravidão, abolida
no país desde 1888.
Ø
Ainda
na Grã-Bretanha, o marinheiro João Cândido Felisberto formou clandestinamente
um Comitê Geral para organizar a revolta.
ü Causas da revolta
Ø O estopim da revolta ocorreu quando o marinheiro
Marcelino Rodrigues foi castigado com 250 chibatadas, por ter ferido um colega
da Marinha, dentro do encouraçado Minas Gerais. O navio de guerra estava indo
para o Rio de Janeiro e a punição, que ocorreu na presença dos outros
marinheiros, desencadeou a revolta.
Ø O motim se agravou e os revoltosos chegaram a matar o
comandante do navio e mais três oficiais.
Ø Já na Baia da Guanabara, os revoltosos conseguiram o
apoio dos marinheiros do encouraçado São Paulo.
Ø O clima ficou tenso e perigoso.
ü Reivindicações
O líder da
revolta, João Cândido (conhecido como o Almirante Negro), redigiu a carta
reivindicando o fim dos castigos físicos, melhorias na alimentação e anistia
para todos que participaram da revolta. Caso não fossem cumpridas as
reivindicações, os revoltosos ameaçavam bombardear a cidade do Rio de Janeiro
(então capital do Brasil).
ü Segunda revolta
Ø Diante da grave situação, o presidente Hermes da
Fonseca resolveu aceitar o ultimato dos revoltosos. Porém, após os marinheiros
terem entregues as armas e embarcações, o presidente solicitou a expulsão de
alguns revoltosos.
Ø A insatisfação retornou e, no começo de dezembro, os
marinheiros fizeram outra revolta na Ilha das Cobras.
Ø Esta segunda revolta foi fortemente reprimida pelo
governo, sendo que vários marinheiros foram presos em celas subterrâneas da
Fortaleza da Ilha das Cobras.
Ø Outros revoltosos presos foram enviados para a
Amazônia, onde as condições de vida eram desumanas, alguns prisioneiros
faleceram e outros obrigados a prestar trabalhos forçados na produção de
borracha.
Ø O líder da revolta João Cândido foi expulso da Marinha
e internado como louco no Hospital de Alienados.
Ø No ano de 1912, foi absolvido das acusações junto com
outros marinheiros que participaram da revolta.
ü Conclusão
Podemos
considerar a Revolta da Chibata como mais uma manifestação de insatisfação
ocorrida no início da República. Embora pretendessem implantar um sistema
político-econômico moderno no país, os republicanos trataram os problemas
sociais como “casos de polícia”. Não havia negociação ou busca de soluções com
entendimento. O governo quase sempre usou a força das armas para colocar fim às
revoltas, greves e outras manifestações populares.
Revoltas Messiânicas
Foram movimentos de
protestos de populações muito pobres, chefiadas por religiosos, contra a
politica dos coronéis. No Brasil foram dois os movimentos deste tipo que
ocorreram no inicio da república: a Revolta
de Canudos e a Guerra do Contestado.
v Revolta de
Canudos
ü Antecedentes
Ø O processo de modernização no final do século XIX
atingiu, de forma diferenciada, varias regiões do Brasil. No nordeste e sul as
relações sociais foram abaladas.
Ø A decadência nordestina se acentuou com a crise econômica de 1870, e a seca com o passar dos anos só piorava a situação.
Ø Até então, os pequenos lavradores, trabalhadores
livres e vaqueiros encontravam trabalho e proteção dos grandes latifundiários.
Ø Com a crise se viram abandonados, sem trabalhos e
lugar para ficar.
ü Cronologia do
conflito
Ø Em Canudos, um arraial no interior da Bahia, o líder
religioso Antônio Conselheiro juntou milhares de seguidores, alarmando os
fazendeiros, o clero e autoridades.
Ø Em torno desse núcleo inicial, foi se formando e
crescendo um povoado, chamado de Belo Monte.
Ø Nesse local, passaram a viver num sistema
comunitário: a propriedade era coletiva e as colheitas, a criação de gado e os
trabalhos de artesanato, eram repartidos entre todos.
Ø Por combater as novas leis da republica, Conselheiro
fez com que o governo e os fazendeiros da região se sentissem ameaçados, por
que o povoado crescia cada vez mais. Por isso foram mobilizadas forças para
combater o arraial. Essa guerra durou de 1892 a 1896.
Ø No entanto em 1897, o arraial foi cercado e
bombardeado, Antônio Conselheiro e seus homens foram mortos, mulheres, idosos e
crianças não foram poupados.
ü Conclusão
Ø Esta revolta, ocorrida nos primeiros tempos da
República, mostra o descaso dos governantes com relação aos grandes problemas
sociais do Brasil. Assim como as greves, as revoltas que reivindicavam melhores
condições de vida (mais empregos, justiça social, liberdade, educação, etc.),
foram tratadas como "casos de polícia" pelo governo republicano. A “violência
oficial” foi usada, muitas vezes em exagero, na tentativa de calar aqueles que
lutavam por direitos sociais e melhores condições de vida.
Dados do conflito
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Data
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7 de
novembro de 1896 - 5 de outubro de1897
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Local
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Interior
do sertão baiano
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Resultado
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Vitória
das tropas federais e destruição total da cidade de Canudos
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Combatentes
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Comandantes
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Forças
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Baixas
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v Guerra do
Contestado
ü Antecedentes
Ø No sul, mais especificamente em uma região
reivindicada por Santa catariana e pelo Paraná, a população sofreu com a
modernização.
Ø Nela viviam sertanejos esfomeados que, quando
podiam, trabalhavam de forma subumana para fazendeiros e empresas estrangeiras.
Ø Por conta da construção da estrada ferro Brasilian Railway e a implantação de serrarias Southern Lumber, ambas norte-americanas.
Ø Os pequenos
posseiros foram expulsos de suas terras.
Ø Desta forma rompiam-se as relações de troca de
favores entre os trabalhadores da terra e os latifundiários, que aproveitavam
para aumentar ainda mais suas propriedades.
ü Cronologia do
conflito
Ø Essa situação de crise social deu origem a um movimento
messiânico com trágicas consequências que teve inicio em 1912 e vai até 1916.
Ø Sob a liderança do monge João Maria, esses homens
começaram a se organizar para lutar por uma vida melhor.
Ø Após sua morte o movimento continuou com o monge
José Maria.
Ø Sob seu comando, em torno de 20 mil pessoas fundaram
povoados e organizaram um governo próprio com leis diferentes das leis do
governo republicano, a que denominaram Monarquia Celeste.
Ø Assim como o movimento de canudos, a rebelião do
Contestado preocupou as autoridades e os fazendeiros mais próximos.
Ø Os rebeldes foram considerados fanáticos
monarquistas e que conspiravam contra a república. E resistiram por quase
quatro anos.
Ø O exército brasileiro utilizou-se, na fase final de
guerra, de aviões para bombardear as posições dos revoltosos.
Ø Os sobreviventes fugiram para Santa Maria, onde
fundaram uma cidade santa que continuou resistindo ás tropas do governo.
Ø Foram derrotados, afinal, em 1916.
ü Consequências
imediatas
Ø 20 de outubro de 1916: Assinatura do Acordo de
Limites Paraná-Santa Catarina, no Rio de Janeiro;
Ø 7 de novembro de 1916: Manifestações nos municípios
do Contestado-Paranaense contra o acordo;
Ø De maio a agosto de 1917: Sublevação popular no
Contestado-Paranaense, pró Estado das Missões;
Ø Maio e junho de 1917: Ascensão e assassinato do
monge Jesus Nazareno;
Ø 3 de Agosto de 1917: Homologação final do Acordo de
Limites;
Ø Setembro de 1917: Instalação dos municípios de
Mafra, Joaçaba (então Cruzeiro), Chapecó e de Porto União;
Ø 1918: Reinício da colonização no Centro-Oeste
Catarinense, por empresas particulares;
Ø Janeiro e maio de 1920: Revolta política em Erval e
Cruzeiro;
Ø Março de 1921: Revolta de caboclos contra medição de
terras, entre Catanduva e Capinzal.
Dados do conflito
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Data
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12 de outubro de 1912
- Agosto de 1916
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Local
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Região do contestado, sul do Brasil
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Resultado
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Acordo de limites entre os
governos de Paraná e Santa Catarina
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Combatentes
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Comandantes
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Forças
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Baixas
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v Revolta da
Vacina
ü Antecedentes
Ø No inicio do século XX, o Rio de Janeiro já era uma
cidade bonita, mas tinha ainda muitas ruas estreitas, muita sujeira e,
consequentemente, muitas doenças.
Ø Em 1904, a varíola tomou características de epidemia
nessa cidade, e mais de 4 mil pessoas foram vitimas da doença.
ü O conflito
Ø O Diretor de Saúde Pública, o médico e sanitarista
Oswaldo Cruz, iniciou então uma campanha de vacinação obrigatória contra a
varíola.
Ø Ninguém poderia se casar, viajar ou iniciar um novo
emprego se não tivesse sido vacinado.
Ø O povo não gostou. Teve medo da vacina, considerou a
exigência arbitrária e acusou o governo de estar exercendo uma “ditadura sanitária”.
Ø Outro fator que ajudou a desencadear o movimento foi
à desinformação sobre os efeitos da vacina (o então senador Rui Barbosa se
pronunciou contra a vacina).
Ø Os revoltosos interromperam as principais ruas com
barricadas, cortaram os fios dos telefones e enfrentaram os policiais com
pedaços de madeira e pedras.
Ø As lutas duraram quatro dias, o governo reprimiu o
movimento, mas acabou resolvendo declarar a vacina facultativa.
(Bibliografia: Domingues, J. E. e Fiusa, L. P.L. História do Brasil em Foco. São Paulo: FTD, s. d.
http://pt.wikipedia.org)
3 comentários:
Exelente exposição ...Use fontes melhores para fazer o resumo!
Qual a revolta da vacina república velha. Ditadura do estado novo. República do café com leite ditadura militar monarquia parlamentar
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